sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
Capitalismo: A realidade da desigualdade, fome e injustiça social - Quem quer dinheiro?
Essa contradição do Capitalismo é o que mais me tira do sério. Não tem como ficar tranquilo com a desigualdade que afunda famílias inteiras, e constituir a base de um sistema econômico. Concentração de renda e monopólio são consequências muito tristes. Os que apenas perseguem sua própria fortuna e seu sucesso individual são cegos, ignorantes ou indiferentes (para não dizer egoístas). Fácil embarcar na onda do luxo e do glamour. É muito fácil aplaudir os ricos e sonhar com o sonho que é socialmente compartilhado. Quem duvida que ter uma vida como a da foto abaixo não é digno de aplauso pela maioria da população?
O que ninguém fala ou critica é o resultado social da concentração de renda. O quanto o sistema econômico Capitalista é em sua origem desigual e como consequência, é exatamente a concentração de grandes fortunas que leva, em grande medida, milhões de pessoas a viver na miséria (ver post anterior sobre a meritocracia). E que os detentores dessas grandes somas de dinheiro e bens, sejam livres para escolher onde e como reinvestir esse dinheiro, inclusive explorando os que precisam de um salário mínimo para sobreviver. Assim, é possível entender que o sistema se fecha de forma exemplar. Quem possui grandes somas de dinheiro, mantém bilhões de pessoas sem direito ao acesso, podendo pagar o mínimo, ou menos que o mínimo, na contratação dessa massa de miseráveis.
A foto ao lado apresenta dados alarmantes da desigualdade revelada recentemente. Mas não simplifiquem minha critica ao sistema econômico (me chamando de comunista, PeTralha, vai para Cuba, etc). Identifico o problema da concentração de renda um problema central na construção real de um mundo mais justo e igualitário. Acho que precisamos urgentemente repensar nossa postura de vida.
Talvez pense assim por não ter nascido em família rica, por ter visto desde cedo que dinheiro e fama não é só glamour e festa, mas o medo constante de ser sequestrado, assaltado, cercado de pessoas falsas e interesseiras, sem falar no medo constante de ficar pobre e viver a vida que o rico tenta constantemente esquecer e esconder. O peso de ter dinheiro, de ter fama como mostram os filmes e as novelas são apenas parte da verdadeira história. Vejam quem são os maiores consumidores de drogas caras, de bebidas e vejam o quadro clínico dos mais "afortunados".
E desta busca superficial de existência não me trouxe nenhum encanto que seja maior que a alegria de lutar por um mundo mais justo. Isso pode ser chamada de uma postura ideológica, mas a postura dos ricos, falsos ricos ou sonhadores da riqueza, é da mesma forma, ideológica. A diferença está na consciência que temos com o resultado da nossa ideologia na prática, no coletivo.
Fecho esse texto apontando para a realidade da tua própria existência. O que te faz viver, trabalhar e consumir? Conforto? Tranquilidade? Se sua busca forem essas, talvez tirar todo o foco do dinheiro e apontar para o tipo de profissão, profissional e cidadão político que você é, acredito que a mudança de foco possa te trazer mais rapidamente conquistas neste e em outros sentidos. Seguir cegamente o sonho superficial das grandes fortunas, talvez seja um jogo com regras que você não conhece, acha que sonha e pouco terá chance de realmente conhecer. Assistam essa ótima entrevista com Zygmunt Bauman, para ampliar nossa visão sobre o atual quadro de desigualdade e consumo no mundo, segundo ele: Nós hipotecamos o futuro,
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Um exemplo de ator crítico e humano - Ricardo Darin
Postura Humana, postura ética e um BAITA ator. Ser humano é algo inacabado. Somos humanos, buscamos ser humanos. Neste sentido, são falas e posturas essas que nos inspiram a ampliar nossa noção de humildade. Assistam e me digam se não é posturas como essas que devemos buscar, ao invés de idolatrar ricos, milionários e pessoas esnobes. Repensem seus ídolos, ID!
Publicação by Thiago Brixton.
Publicação by Thiago Brixton.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
O Super-Indivíduo e a simplificação liberal ingênua
Semana passada, voltando
para casa de ônibus intermunicipal, escutei a conversa de um casal que estava no
banco da frente. Sempre defendi o uso de fones de ouvido e, diga-se de
passagem, uma das invenções mais revolucionárias do nosso século; com eles
minha vida tem trilha sonora e eu sou o DJ J. Não sou obrigado a
escutar os barulhos e conversas loucas que nos cercam. Mas neste dia, os fones ficam
em casa. Ai acabo escutando os assuntos cotidianos dos outros. Normalmente os assuntos que acabo escutando são: futebol, novela,
página policial, sobre previsão do tempo. Mas neste dia, o casal falava insistentemente
do vizinho Bernardo. E eu aqui então vou analisar a fofoca... fofocada hahaha
Desabafo de um professor genérico....
Ser professor genérico significa
ser professor de disciplinas obrigatórias em universidades que não possuem
graduação do curso-disciplina ministrada. Ainda mais quando somos genéricos das
humanidades, aí é ainda mais complicado. É quase como ensinar uma segunda
língua para alunos que nunca são convidados a usá-la fora da sala de aula. O
que explicamos com o uso de teorias e tentamos construir visões complexas e científicas sobre
a realidade, fatalmente professores de outros cursos ou disciplinas rotulam
essas reflexões de "opinião"e tendem a simplificar a realidade, já que são eles os “cientistas”. Já nós, somos apenas.... genéricos.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
O boolying silencioso com a próxima geração

Se no passado, a zombaria, gozação ou o que chamamos hoje de boolying era em sua maioria, originada por alguma característica ou forma física que destoava da maioria. Conforme nos ilustra famoso vídeo com um fim inusitado abaixo (no caso, o drama dos gordinhos):
Entrevista na TvCom - Experiência como professor em Timor-Leste - 2012 (Mais artigo e link videoblog de Timor)
Aproveito e compartilho aqui uma entrevista concedida logo após meu retorno ao Brasil. No ano de 2012 fui selecionado como professor cooperante para trabalhar na Universidade Nacional de Timor-Leste. Segue a entrevista:
Compartilho também o artigo que até o momento relata brevemente a experiência vivida e academicamente refletida, segue o artigo publicado na revista Interfaces: Educação e Sociedade - Só clicar, ler e comentar aqui no Blog:
http://www.cnecsan.edu.br/revista/index.php/pedagogia/article/view/24
E aqui está o canal que fiz de videos sobre alguns momentos de minha estada em Timor-Leste e como era a vida em Dili, capital do país.
https://www.youtube.com/user/douradoivan/videos
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Shopping? Não, obrigado. Não curto o encontro com a decadência
O Sociólogo Ricardo Antunes apontou em muitos de seus estudos, que o auge da Revolução Industrial no
contexto Europeu, ocorreu com o advento das grandes fábricas: espaços gigantes
que concentravam centenas de trabalhadores, com péssimas condições de trabalho,
baixos salários e que por lá permaneciam mais de 18 horas de trabalho por dia,
sem saber se era dia ou noite. Nestes mesmos espaços convergiram lutas, greves
e manifestações dos chamados “proletários”, trabalhadores que lutaram por direitos e conquistas de classe.
Contradição
ou não, vivemos hoje um momento áureo do consumo e do consumismo. Comprar
muito, comprar bem e ter os produtos da moda, informam muitas coisas, entre elas: informam quem sou, sempre baseado
no que eu tenho ou mostro ter, não pelo que faço no convívio com os outros, apenas o que consigo consumir.
Assim, todo ano tenho que me manter “na moda”. Nada melhor neste contexto que
falar dos Shoppings no Brasil, espaços de consumo que já são mais de 500 espalhados
no território e parecem muito com os espaços industriais do passado.
O mito compartilhado da fé no "Proletário Madrugador"
Essas falsas promessas, ilusões manipulatórias que transformam lógicas cristãs: "Deus ajuda quem cedo madruga", e transformam rapidamente em "O dinheiro chega para quem trabalha muito". Sempre lembrei do Padeiro, do Carteiro, o antigo leiteiro e muitas outras profissões que são espaços livre de exploração do trabalhador que em sua esmagadora maioria, trabalha para sobreviver (E jogam seus sonhos na próxima geração, ou seja, seus filhos ou netos).
Em resumo, ficar rico dentro da mesma geração trabalhando é um sonho absurdamente difícil, não só pq as exceções acontecem, mas pq está dentro da própria lógica de funcionamento do Capitalismo.
Ter pai ou família rica, ter boas relações sociais com pessoas com poder, ter família que te permita estudar, ter sorte talvez sejam motivos mais frequentes que o mito do "rapaz pobre que com trabalho ficou rico". Mas é inegável que trabalhar e estudar te apontam para um caminho de honra e aumentam suas oportunidades, Mas precisamos ser honestos e críticos parando de compartilhar inverdades. Para concluir, digo: OPORTUNIDADES SÃO MAIORES QUE QUALQUER DINHEIRO OU FORTUNA. Viver é melhor que se achar vencedor de jogos injustos, o segredo é buscar realizações maiores que o seu Ego, é pensar no coletivo. Os que acreditam na fama e fortuna, sigam tentando e legitimando os "vencedores" ID!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
O "senso comum" malhação:
A juventude no Brasil pode hoje compartilhar suas idéias, afinal: Isso é democracia! Mas ao mesmo tempo, sinto que as redes sociais tornam as opiniões muito parecidas. Basta ser lógico para ser compartilhado. E tenho que reconhecer, esse fenômeno é um "prato cheio" para pensar a nossa juventude.
Hoje quero falar de uma parcela das opiniões que chamo de "senso-comum malhação". Em uma democracia todos tem direito a falar o que pensam, correto? Liberdade sempre! Mas realmente o que se diz é o que realmente se pensa? Para você que espera alguém postar algo para formar a sua própria opinião, não espere mais. Para fazer parte deste grupo não precisa de muitas reflexões. Segue algumas dicas para ser você também “senso-comum malhação”:
- Assista novelas e escute as opiniões de seus pais. Use-as como fonte confiável de dados para entender o Brasil de hoje. Você quer saber o que é ser um jovem da moda? Assista a novela Malhação! A verdadeira novela da realidade do adolescente brasileiro (namoros, notas ruins e provas difíceis, intrigas, colegas invejosos e discussões sobre a formatura (se terá Buffet ou só bebidas oferecidas aos convidados). Quer saber a realidade do trabalho no Brasil? #NovelaDasOito, curta muito isso tudo. Agora: Fome, desigualdade, violência policial, corrupção? Ah isso é política demais, é tudo culpa dos políticos de Brasília.
- Leia muito Facebook e compartilhe tudo
o que possa julgar os outros e o governo. Dica
importante: simplifique tudo e seja muito irônico nas afirmações. Quer um
bom exemplo? Fale que o pobre desempregado é vagabundo. Pois trabalhador mesmo
é o filho da classe media, que quando está desempregado, passa ferias na praia
estudando para concurso e claro, ganhando mesada do papai e da mamãe.
- Jamais critique empresas privadas,
bancos e o mercado. Afinal, corrupção não ocorre nestes espaços, mesmo que o
dinheiro do suborno advenha dessas instituições. E jamais questione seus amigos
e familiares sobre suas "dicas" para levar vantagem, pois isso não é
corrupção. Corrupção só ocorre na capital do país.
- E não esqueça: tudo que for
conquistado tem que ser por mérito (para os outros) esqueça sempre que as suas
conquistas tenham sido facilitadas pelo dinheiro do papai e da mamãe, o quarto confortável que vc recebeu desde o nascimento e do dinheirinho conseguido arduamente pedindo adiantamento de sua mesada. Sem falar nos presentes de natal, conseguidos com muito suor....
- E por fim: se identifique rapidamente
com um Grande Irmão do canal Rede Bobo de televisão. Vote até a final, nada
melhor do que lutar por alguém que tu queria ser, só não é porque não se
inscreveu para ser famoso este ano. Mas isso vai mudar. Já estão no seu plano
de metas para 2014: malhar, fazer lipo, plástica e ser popular no facebook. Se
não entrar no Grande Irmão do Brasil, pelo menos fica com fama de rei ou rainha
do camarote.
E viva a democracia! Desde que não seja
no shopping perto de casa, nem no meu condomínio, nem na minha universidade e
muito menos no concurso publico do governo e Estado que tanto critico.
Que este ano seja muito diferente e
melhor, com palavras lindas de Carlos Drummond de Andrade e
Nelson Mandela, desde que eu não tenha que mudar junto, quem tem a responsabilidade de mudar é o
novo ano.
Este é filé do pensamento Malhação, sirva-se
sem moderação e faça parte deste time campeão.
Ivan
Dourado é Antropólogo e professor Universitário.
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